17 de março de 2015 à 12:44
Os CLUBES e a construção da sua proposta de VALOR
VALOR é tudo quanto é criado por alguém que algo de útil faz e com o mundo o partilha. Na nossa perspectiva de agentes desportivos, o valor significa ajudar as pessoas. Se o conseguirmos, estaremos no caminho certo.
O valor está muito relacionado com necessidades emocionais; e associado, no desporto, ao crescente fito de superar o nosso melhor desempenho, ultrapassar obstáculos, viver experiências gratificantes, felizes.
Para termos um clube sustentável, necessitamos, essencialmente, de 3 coisas: a)um produto ou serviço, b)um grupo de pessoas dispostas a colaborar no 'upgrade' desse produto ou serviço e, finalmente, c)um meio de financiamento.
Neste artigo, vamos dar particular atenção às 2 primeiras alíneas, deixando a 3º para posterior oportunidade.
Em primeiro lugar, precisamos de saber quem é o nosso público-alvo.Analisar esse público, em termos de crenças e valores comuns, poderá ajudar-nos a melhorar - enquanto clube- o nosso desempenho.
É comum seguirmos os nossos caprichos, uma paixão, uma tendência - esquecendo-nos de escutar aqueles que connosco diariamente colaboram.
A utilização de inquéritos para melhor os compreender, com perguntas específicas, incisivas, sobre o que pretendem pode ajudar-nos a arrepiar muito caminho.
Outra que nos pode ajudar é a construção de uma matriz para avaliar as diversas ideias que temos e as comparar entre si, elegendo as funcionalmente prioritárias.É sempre bom saber se as pessoas querem o que o nosso clube tem para lhes oferecer, antes de nos matarmos de trabalho para desenvolver um produto ou serviço - que não atrai o interesse de ninguém.
Planear o Clube à medida que este evolui, respondendo às necessidades e graduais desafios dos nossos colaboradores, é fundamental.
Relacionar a nossa oferta com os benefícios directos a receber pelos colaboradores representa uma clara proposta de valor.
O que as pessoas querem e o que dizem querer nem sempre se correspondem. Por isso, deveremos saber onde reside a diferença.
Uma expansão HORIZONTAL, envolvendo o alargamento do Clube e servindo mais colaboradores, com diferentes interesses (mas com algumas afinidades), ajudaria, por certo, ao crescimento e desenvolvimento sustentáveis.
Já a expansãp VERTICAL obriga a um aprofundado conhecimento dos intervenientes: dada a natural variedade de interesses -observável no seio destes - pode haver lugar a fracturas (divisões) e consequentes afastamentos.
Não podemos esquecer que os nossos colaboradores não são apenas pessoas; pois estamos a falar de um modelo 'radial' - onde está directa ou indirectamente envolvida a respectiva FAMÍLIA.
Os clubes devem 'oferecer' (proporcionar) às pessoas o que elas realmente procuram: experiências positvas, agradáveis!
RD
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